Como os avanços e os dilemas da edição genética estão mudando a medicina
A edição de genes são testados em hospitais ao redor do mundo, a demanda
por mais engenheiros genéticos que tornam o procedimento possível deve
crescer. O governo britânico prevê mais de 18 mil empregos criados pela
terapia celular e genética apenas na Grã-Bretanha até 2030.
Já o Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA estima um aumento
de 7% nos empregos de engenharia biomédica e de 13% no de cientistas na
área, somando cerca de 17,5 mil novos cargos.
"A terapia genética está rapidamente se tornando uma parte aceita e
crescente da indústria de pesquisa e desenvolvimento médico", afirma
Michele Calos, presidente da Sociedade Americana de Terapia Genética e
Celular - e professora de genética da Universidade de Stanford.
"A
indústria da terapia genética requer muitos graduados com conhecimento
em áreas científicas como genética, medicina, biologia molecular,
virologia, bioengenharia e engenharia química, assim como profissionais
de negócios", diz Calos.
De acordo com algumas projeções, o mercado global de edição genômica
pode dobrar de tamanho em cinco anos (2017-2022), atingindo o valor de
US$ 6,28 bilhões (cerca de R$ 23,2 bilhões). No início do ano, o governo
britânico anunciou que estava investindo 60 milhões de libras
(aproximadamente R$ 287 milhões) em um novo centro de produção de
terapia genética para acelerar o desenvolvimento de novos tratamentos.
A cura de doenças
Nos
EUA, o Instituto Nacional de Pesquisa Genômico Humano prevê um
considerável aumento na demanda de profissionais na esteira desse
crescimento.
Já existem cerca de 2,7 mil pesquisas clínicas com
terapias genéticas em andamento ou aprovadas ao redor do mundo. Elas
buscam combater diversas doenças, como câncer, distrofia muscular e
anemia falciforme.
A maioria das pequenas empresas de terapia genética por trás desses
testes tem parcerias ou recebe investimentos de farmacêuticas maiores,
incluindo a Bayer, GlaxoSmithKline, Pfizer, Merck e Novartis. Uma rápida
busca em sites de recrutamento revela que a maioria das empresas do
ramo está atualmente buscando cientistas de terapia genética.
Uma
razão para o aumento da demanda por trabalhadores qualificados é a
enorme gama de especialidades que provavelmente serão necessárias à
medida que as terapias genéticas sejam disponibilizadas ao público.
"É
um campo realmente multidisciplinar", afirma Güneş Taylor, pesquisadora
do Instituto Francis Crick, em Londres. Ela tem aplicado técnicas de
edição genética em estudos de cromossomos sexuais. O objetivo é usá-los
para ajudar pessoas com problemas de fertilidade ou transtornos de
desenvolvimento sexual, como a síndrome de Rokitansky, em que as meninas
nascem sem o útero.
"Precisamos de cientistas moleculares,
engenheiros e cientistas computacionais para nos ajudar a interpretar a
grande quantidade de informações que as técnicas genéticas modernas
produzem", diz.
Como editar um gene na busca de curar doenças ?
Assista o vídeo abaixo no link abaixo sobre como isto será possível:
Leia mais sobre link BBC News Brasil - Os dilemas da edição genética estão mudando a medicina
Fonte:
Vídeo da FAPESP - Ciência Aberta: http://agencia.fapesp.br/videos/#SK-_qZdgKIU
BBC - News - Brasil - Como os avanços e os dilemas da edição genética estão mudando a medicina: https://www.bbc.com/portuguese/vert-cap-46128960
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