O grupo das pteridófitas vivas ainda hoje compreende as avencas, samambaias, licopódios, cavalinhas, pinheirinhos, selaginelas, eqüissetos e rabo de lagarto. Sendo os eqüissetos psilotos e samambaias grupos monofiléticos e constituem linhagens mais próximas as plantas com sementes.
Pteridófitas apresentam sequencias evolutivas interessantes, abrangendo membros sem folhas e com pequenas escamas nos Psilotos atuais, representantes com folhas simples e pequenas de única nervura como folhas micrópila de licopódio, folhas com poucas nervuras e bifurcadas e folhas complexas como em algumas samambaias.
A condução era feita pelo cilindro central, ou estelo. Os fósseis mostram que o cilindro central era delgado, com um cordão de células condutoras de água, rodeado por células que conduziam fluidos no sentido oposto, o propostelo (seiva elaborada), formado por células alongadas revestidas de celulose em forma de anel.
Em pteridófitas o estelo permite montar a sequencia supostamente evolutiva, a medida que o diâmetro do caule aumenta e que as folhas surgem a massa de elementos condutores de água e sais aumenta proporcionalmente.
Evolutivamente os tecidos xilemáticos foram aumentando sua resistência ao longo das eras geológicas garantindo resistência a pressão derivada do crescimento da planta em extensão e espessura, se especializando na condução da seiva bruta. Essa resistência é dada graças ao espessamento dos elementos de vaso pela deposição de celulose e lignina nas células alongadas.
As primeiras pteridófitas e as mais antigas pertenceram ao grupo das Psiphytopsida, grupo que se originou a 300 milhões de anos. Plantas de pequenas dimensões de caule bifurcado delgado com pequenas escamas, com a presença de algas em alguns casos, sem folhas e raízes verdadeiras com uma porção prostada e rizomatosa.
Outras pteridófitas de grande importâncias evolutiva foram as Lycopsida. Plantas de pequenas dimensões que abrange obviamente os licopódios e selaginelas. As licopodófitas tiveram seu período de radiação no Paleolítico com gêneros fósseis de grandes dimensões e foi a forma de vegetação dominante especialmente no carbonífero com os licopódios gigantes Lepipodendron e Sigillaria, plantas nas quais explicam o nome do período, pela grande concentração de carbono proveniente do processo de fossilização desses organismos.
Ainda há a classe Psilotopsida , cuja simplicidade morfológica se assemelha bastante com as psilofitopsida, podendo ter surgido a partir da redução ou convergência com o grupo das Rhynias. Juntamente com os licopódios, os equissetos também foram abundantes no Paleozóico chegando a vários metros de altura com os gêneros Calamostachys, Camalimtes e Equisetum, assim foi igualmente como as pteropsida.
Os primeiros grupos a apresentarem sementes foram as Pteridospermae que foram muito freqüentes no Carbonífero eram semelhantes a samambaias gigantes, sendo que seu ginófito se desenvolvia dentro do esporângio formando um óvulo protegido por um tegumento que possibilita a formação de semente. Outro grupo também consiste na Progimnospermas que se reproduziam por esporos, mas que apresentavam o desenvolvimento secundário em espessura e xilemático mais expressivo encontrado nas gimnospermas.
O ancestral das Gimnospermae ou Pinophyta e originou-se no Carbonífero e/ou Devoniano por volta de 350 milhões de anos, e foram gradualmente ganhando um xilema desenvolvido e grande arborescência, mudando a composição do solo conquistando desde então tendo seu pico de radiação no Permiano. Análises filogenéticas dividem esses organismos em duas linhagens. A primeira Lycopophytina que inclui licopódios com semelhanças com algumas gimnospermas, o segundo grupo Euphylophytina que abarca todas as outras plantas vasculares. As gimnospermas são classificadas em 3 classes principais. As Cycadopsida, representada por uma dezena de gêneros. Surgiram no Mesozóico, era das cicadáceas, foi o primeiro grupo a ter sementes após as pteridospermas. Outro grupo que se encaixa aqui é a Ginkgoales, grupo da Ginkgo biloba que constitui um caso de evolução lenta e conservativa já que seus representantes fósseis. As Coníferas da classe Pinopsida já estavam presentes no Carbonífero, e proliferam de forma gradual no permiano, período considerado mais árido. E Gnetopsida grupo de poucos representantes viventes na Namíbia e algusn no Brasil.
As angiospermas surgiram no Cretáceo a 130 milhões de anos e no espaço de alguns milhões de anos alcançaram uma diversidade muito grande em todas altitudes e latitudes alcançando até os insetos e fungos que apresentam uma diversidade enorme. Hoje apresentam mais de 250 mil espécies. A presença de esporopolenina no pólen das angiosperma explica porque os grãos se fossilizam com facilidade.
fonte:
http://netnature.wordpress.com/2011/02/15/evolucao-das-plantas-independencia-e-radiacao-parte-iii/ acesso em 01/05/2012
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