Olá. Este Blogger foi criado para divulgação dos variados assuntos em Biologia e Ciências.
Gostaria de sugestões de temas.
Proponho alguns temas para divulgação...
Contato para:
neilucio@argentina.com ou
neivaldo.oliveira@gmail.com
neivaldolucio15@yahoo.com.br
Visite meus blogs : http://blogsprofneivaldolucio.blogspot.com/
Agradeço a todos...
Profº Neivaldo Lúcio
O Arthropleura - Um inseto milípide gigante e o maior invertebrado
Foi confirmado por paleontologistas que o fóssil encontrado em 2018 na
praia de Howick Bay, em Northumberland, na Inglaterra que é um milípide
gigante, o Arthropleura. Estima-se que viveu a 326 milhões de anos atrás, 100
milhões de anos antes da ascensão dos dinossauros, o torna também o maior
invertebrado de todos os tempos, ultrapassando os escorpiões marinhos. Os
resultados foram publicados no Journal of the Geological Society,
segunda-feira – 28/12/2021.
Os animais Arthropleura rastejaram ao
redor da região equatorial da Terra por cerca de 45 milhões de anos, antes de
se extinguir durante o período Permiano e preferia habitats de floresta aberta
perto da costa. Ele será exibido a partir do ano de 2022 no Museu Sedgwick
de Cambridge.
Reconstituição do Arthropleura
Foto: Divulgação/Neil Davies (Adaptado) - (Universidade de Cambridge – Inglaterra)
Como os avanços e os dilemas da edição genética estão mudando a medicina
A edição de genes são testados em hospitais ao redor do mundo, a demanda
por mais engenheiros genéticos que tornam o procedimento possível deve
crescer. O governo britânico prevê mais de 18 mil empregos criados pela
terapia celular e genética apenas na Grã-Bretanha até 2030.
Já o Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA estima um aumento
de 7% nos empregos de engenharia biomédica e de 13% no de cientistas na
área, somando cerca de 17,5 mil novos cargos.
"A terapia genética está rapidamente se tornando uma parte aceita e
crescente da indústria de pesquisa e desenvolvimento médico", afirma
Michele Calos, presidente da Sociedade Americana de Terapia Genética e
Celular - e professora de genética da Universidade de Stanford.
"A
indústria da terapia genética requer muitos graduados com conhecimento
em áreas científicas como genética, medicina, biologia molecular,
virologia, bioengenharia e engenharia química, assim como profissionais
de negócios", diz Calos.
De acordo com algumas projeções, o mercado global de edição genômica
pode dobrar de tamanho em cinco anos (2017-2022), atingindo o valor de
US$ 6,28 bilhões (cerca de R$ 23,2 bilhões). No início do ano, o governo
britânico anunciou que estava investindo 60 milhões de libras
(aproximadamente R$ 287 milhões) em um novo centro de produção de
terapia genética para acelerar o desenvolvimento de novos tratamentos.
A cura de doenças
Nos
EUA, o Instituto Nacional de Pesquisa Genômico Humano prevê um
considerável aumento na demanda de profissionais na esteira desse
crescimento.
Já existem cerca de 2,7 mil pesquisas clínicas com
terapias genéticas em andamento ou aprovadas ao redor do mundo. Elas
buscam combater diversas doenças, como câncer, distrofia muscular e
anemia falciforme.
A maioria das pequenas empresas de terapia genética por trás desses
testes tem parcerias ou recebe investimentos de farmacêuticas maiores,
incluindo a Bayer, GlaxoSmithKline, Pfizer, Merck e Novartis. Uma rápida
busca em sites de recrutamento revela que a maioria das empresas do
ramo está atualmente buscando cientistas de terapia genética.
Uma
razão para o aumento da demanda por trabalhadores qualificados é a
enorme gama de especialidades que provavelmente serão necessárias à
medida que as terapias genéticas sejam disponibilizadas ao público.
"É
um campo realmente multidisciplinar", afirma Güneş Taylor, pesquisadora
do Instituto Francis Crick, em Londres. Ela tem aplicado técnicas de
edição genética em estudos de cromossomos sexuais. O objetivo é usá-los
para ajudar pessoas com problemas de fertilidade ou transtornos de
desenvolvimento sexual, como a síndrome de Rokitansky, em que as meninas
nascem sem o útero.
"Precisamos de cientistas moleculares,
engenheiros e cientistas computacionais para nos ajudar a interpretar a
grande quantidade de informações que as técnicas genéticas modernas
produzem", diz.
Como editar um gene na busca de curar doenças ?
Assista o vídeo abaixo no link abaixo sobre como isto será possível:
Muito se fala sobre a origem do vírus da AIDS. Encontramos no site Hypescience - https://hypescience.com a resposta.
O HIV surgiu no que hoje se chama República Democrática do Congo em
1920, especificamente na cidade de Kinshasa. Mas como foi possível
determinar o local de surgimento dessa doença com tanta certeza?
Na
época, o território se chamava Congo Belga, e era uma colônia da
Bélgica. No início do século XX, muitos homens jovens chegaram à região
tentando fazer fortuna nas minas de ouro, diamante cobalto e cobre da
região ou trabalhando construindo a rede ferroviária. Entre 1920 e 1932,
2.450 km de estrada de ferra foram construídos, e o governo investiu
pesadamente em infraestrutura das cidades como Boma, Matadi e
Leopoldville.
Nesta época, aconteceu a primeira contaminação interespécies, entre
chipanzés e humanos. É possível que essas primeiras pessoas contaminadas
caçavam ou domesticavam esses animais em suas tribos. Nas décadas
seguintes, a doença ficou confinada a pequenas tribos da África Central,Durante as guerras de independência que aconteceram nas décadas de 1960 e
1970 na região e com a movimentação da população em geral, a doença
começou a se espalhar pelo mundo, ainda desconhecida pelos cientistas.
Ela só foi identificada pela primeira vez em 1981.
Durante as guerras de independência que aconteceram nas décadas de 1960 e
1970 na região e com a movimentação da população em geral, a doença
começou a se espalhar pelo mundo, ainda desconhecida pelos cientistas.
Ela só foi identificada pela primeira vez em 1981.
Uma questão de oportunidade
O curioso é que dois tipos de HIV surgiram no início do século XX,
mas só um espalhou-se de forma rápida. Eles são o HIV-1 grupo M, e o
HIV-1 grupo O. Este segundo grupo acabou restrito ao oeste da África,
enquanto o primeiro é responsável por 90% das infecções.
Isso
sugere que foi a oportunidade, e talvez não a característica do vírus
que a ajudou a se espalhar globalmente. “Fatores ecológicos e não
evolutivos ajudaram no crescimento rápido”, afirmou Nuno Faria da
Universidade de Oxford (Reino Unido) à BBC.
Cultivo de linfócitos liberando o vírus VIH-1(coloração em verde) Foto: C. Goldsmith,
Faria e seus colegas construíram uma árvore genealógica do HIV com a
ajuda do genoma do vírus coletado de 800 pessoas infectadas na África
Central. Ao comparar a sequência de dois genomas e observar as
diferenças entre eles, a equipe conseguiu descobrir quando os dois
compartilharam um ancestral em comum.
Todos os genomas do HIV
compartilharam um ancestral em comum em 1920. Com esta informação, eles
conseguiram apontar o local de origem da doença, a cidade de Kinshasa,
atualmente a capital da República Democrática do Congo. [Futurism, Avert, BBC]
Esteroides Anabolizantes são drogas fabricadas para substituírem o hormônio
masculino testosterona, fabricado pelos testículos. Eles ajudam
no crescimento dos músculos (efeito anabólico) e no desenvolvimento
das características sexuais masculinas como: pelos, barba, voz grossa
etc. (efeito androgênico).
São
usados como medicamentos para tratamento de pacientes que não produzem
quantidade suficientes de Testosterona. Os principais medicamentos esteroides anabolizantes utilizados no Brasil são: Durasteton® ,
Deca-Durabolin® , Androxon®.
Os
que utilizam essas drogas sem ser por problemas médicos, fazem esse
uso para melhorar o desempenho nos esportes, aumentar a massa muscular
e reduzir a gordura do corpo.
Os
principais usuários dessas drogas são os atletas, porém o uso também
está espalhando-se entre os não–atletas que buscam um corpo "sarado"
(forte, desenvolvido). Os homens são ainda os maiores usuários,
mas esse uso vem crescendo entre as mulheres.
O
uso indevido dessas drogas pode acarretar inúmeros problemas como:
Homens
e adolescentes: redução da produção de esperma, impotência,
dificuldade ou dor em urinar, calvície e crescimento irreversível
das mamas (ginecomastia).
Mulheres
e adolescentes: aparecimento de sinais masculinos como engrossamento
da voz, crescimento excessivo de pelos no corpo, perda de cabelo,
diminuição dos seios, pelos faciais (barba).
Em
pré-adolescentes e adolescentes de ambos os sexos: finaliza,
prematuramente, o crescimento deixando-os com estatura baixa para
o resto de suas vidas.
Em
homens e mulheres de qualquer idade: aparecimento de tumores
(câncer) no fígado, perturbação da coagulação do sangue, alteração
no colesterol, hipertensão, ataque cardíaco, acne, oleosidade do
cabelo e aumento de agressividade que pode manifestar-se em brigas.
Usuários
que injetam esteroides anabolizantes com técnicas inadequadas e não
estéreis (livre de contaminação), ou dividem agulhas contaminadas
com outros usuários, correm o risco de contrair infecções como HIV,
hepatite B e C. Há ainda, o problema com preparações ilegais dessas
drogas, as quais são elaboradas em condições não estéreis colocando
em risco os que as utilizam.
Essas
drogas, principalmente em altas doses, aumentam a irritabilidade
e agressividade. Esses usuários podem cometer atos agressivos como
luta física, roubo, ou utilizar a força para obter alguma coisa.
Ainda
em altas doses, os usuários podem desenvolver outros comportamentos
como: euforia, aumento da energia, alteração de humor, distração,
esquecimento e confusão.
Se
o usuário chegar a desenvolver comportamentos violentos e/ou problemas
de esquecimento ou confusão, fica difícil manter-se na escola ou
no trabalho.
Os esteroides anabolizantes não são consideradas drogas que induzem
o uso de outras drogas ilícitas, ou seja, não são porta de entrada
para uso de outras drogas. Porém, os usuários dessas drogas para
fins estéticos chegam a utilizar de 10 a 100 vezes mais a dose médica
recomendada e normalmente misturam dois ou mais diferentes anabolizantes,
oral e/ou injetável e algumas vezes utilizam compostos veterinários.
Agem dessa forma porque acreditam que a mistura de vários compostos
possa dar um efeito maior sobre os músculos.
Na
tentativa totalmente errônea de prevenir o aparecimento de efeitos
indesejáveis, alguns usuários tomam medicamentos anti-hipertensivos
e também medicamentos anticâncer.
Usuários
de anabolizantes podem desenvolver dependência a essas drogas. Essa
dependência pode ser percebida no usuário que continua tomando anabolizantes
mesmo depois de ter tido consequências causadas pela droga como
problemas físicos, nervosismo, irritabilidade, efeitos negativos
com suas relações com as pessoas. Além disso, gastam grande quantidade
de dinheiro e tempo para obter a droga e quando deixam de usá-las
apresentam uma série de sintomas desagradáveis.
Para
os que já vem tomando altas doses dessas drogas há muito tempo e
com sintomas de dependência, nem sempre é fácil parar de usar. Quando
param podem sentir fadiga, perda de apetite, insônia, redução do
desejo sexual, e ainda uma grande vontade de continuar usando anabolizantes.
O sintoma mais perigoso que pode surgir quando da parada dessas
drogas é a depressão que em casos extremos pode levar à tentativa
de suicídio. Nesses casos é necessária a ajuda de um profissional
para parar de usar anabolizantes.
Essas
drogas são medicamentos, portanto, não são ilícitas no Brasil. Para
utilizá-las é necessário existir uma receita médica. Os que fazem
uso delas para fins estéticos, ou seja, sem indicação médica, se
forem pegos utilizando podem sofrer consequências por isso.
O
COI (Comitê Olímpico Internacional) proíbe o uso dessas drogas por
atletas. Realizam testes antidoping e caso seja detectado que o
atleta está fazendo uso dessas drogas o mesmo poderá sofrer duras
penas.
A doença mão-pé-boca (HFMD, sigla em inglês) é uma enfermidade
contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus que
habitam normalmente o sistema digestivo e também podem provocar
estomatites (espécie de afta
que afeta a mucosa da boca). Embora possa acometer também os adultos,
ela é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade.
São sinais característicos da doença mão-pé-boca:
febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;
aparecimento na boca, amídalas e faringe de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas;
erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas
plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região
genital.
A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto
entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então
através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de
recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante
aproximadamente quatro semanas.
Não existe vacina contra a doença.
Sintomas
O período de incubação oscila entre um e sete dias. Na maioria dos
casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado
comum. Quando a sintomatologia típica da doença mão-pé-boca se instala,
a erupção das lesões na orofaringe é antecedida por um período de febre
alta e gânglios aumentados, seguido de mal-estar, falta de apetite,
vômitos e diarreia. Por causa da dor, surgem dificuldade para engolir e
muita salivação. Por isso, é preciso redobrar os cuidados para mantê-la
bem hidratada e recebendo alimentação adequada.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas, localização e
aparência das lesões. Em alguns casos, os exames de fezes e a sorologia
(exame de sangue) podem ajudar a identificar o tipo de vírus causador da
infecção.
É muito importante estabelecer o diagnóstico diferencial com outras
doenças que também provocam estomatites aftosas ou vesículas na pele.
Tratamento
Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca. Em geral, como
ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente
depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, o tratamento é
sintomático com antitérmicos e anti-inflamatórios. Os medicamentos
antivirais ficam reservados para os casos mais graves.
O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.
foto: Por shawn c - [Public domain], da Wikimedia Commonsfoto
Recomendações
* Notar aparecimento de manchas ou bolhas vermelhas nas mãos e nos pés e de aftas na boca 2 a 3 dias após o surgimento da febre.
* Nem sempre a infecção pelo vírus Coxsackie provoca todos os
sintomas clássicos da síndrome. Há casos em que surgem lesões parecidas
com aftas na boca ou as erupções cutâneas; em outros, a febre e a dor
de garganta são os sintomas predominantes. Fique atento, portanto;
* Alimentos pastosos, como purês e mingaus, assim como gelatina e
sorvete, são mais fáceis de engolir; já os alimentos ácidos, muito
quentes e condimentados são mais difíceis;
* Bebidas geladas, como sucos naturais, chás e água são
indispensáveis para manter a boa hidratação do organismo, uma vez que
podem ser ingeridos em pequenos goles;
* Crianças devem ficar em casa, em repouso, enquanto durar a infecção;
* Lembre sempre de lavar as mãos antes e depois de lidar com a
criança doente, ou levá-la ao banheiro. Se ela puder fazer isso sozinha,
insista para que adquira e mantenha esse hábito de higiene mesmo depois
de curada.
* Faça a higiene das mãos após o contato com crianças doentes.
em 22/05/2018
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:HFMD_soft_palete_oropharynx.jpg em 22/05/2018 - autor: shawn c
Apontada como a
epidemia do século pela Organização Mundial da Saúde, a miopia é mais
comum entre os pequenos que não se desligam dos aparelhos eletrônicos
Resolvi colocar na integra esta reportagem devido a importância do assunto. E destaco que, ao usar novas tecnologias aplicadas a educação, esta deve promover a conscientização da comunidade escolar. Leiam...
Uma pesquisa do Centro de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da
Informação (Cetic.br) — TIC Kids On-line — revela que cerca de 69% das
crianças e adolescentes do Brasil, na faixa dos 9 aos 17 anos, utilizam a
internet mais de uma vez por dia. No Centro-Oeste, o índice ultrapassa a
média brasileira e chega a 74% — é a região em que as crianças são mais
conectadas, ao lado do Sudeste, segundo o estudo.
Os dados confirmam o crescente acesso
dos brasileiros aos benefícios da tecnologia, mas, ao mesmo tempo,
desvendam uma nova preocupação: as ferramentas eletrônicas estão
contribuindo para o aumento da miopia entre os pequenos. “É uma
tendência do mundo moderno”, alerta o oftalmologista Luiz Felipe Diniz,
do Hospital Brasileiro de Olhos (HBO), em Brasília.
Cerca
de 20% das crianças em idade escolar, de acordo com levantamentos do
Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), apresentam problemas de
vista. A miopia é a campeã e já é considerada pela Organização Mundial
de Saúde (OMS) a epidemia do século. O uso de celulares e computadores
por mais de seis horas diárias, segundo Diniz, pode levar ao agravamento
dessa patologia em crianças e adolescentes.
Lucas Macedo, 9 anos, sente na pele, ou melhor, nos olhos, os efeitos da
tecnologia. Vidrado em smartphone, tablet e afins, ele usa óculos desde
os 6 anos. A mãe do menino, a fisioterapeuta Juliana Macedo, 40,
acredita que a internet atrapalhe muito. “Se deixar, as crianças ficam
além da conta na frente da tela do computador e no celular. Acho que
forçam demais os olhos.”
Comportamento
Juliana
conta que Lucas passa horas assistindo ao YouTube. “Ele está com 3
graus de miopia no olho direito e 1,5 no esquerdo.” Na escola, ele
começou a ficar em pé, perto do quadro, para conseguir anotar o que a
professora escrevia. “É preciso prestar atenção nessa questão da miopia
infantil”, alerta Juliana. “Pensam que a criança é inquieta e teimosa,
mas, na verdade, ela está apenas em busca de um campo melhor de visão.”
Como
as crianças não identificam a dificuldade para enxergar, é importante
que os pais fiquem atentos ao comportamento delas. “Quando elas têm
alguma dificuldade visual, costumam ter dores de cabeça, desinteresse
pelo estudo e baixo desempenho escolar. Também ficam muito próximo da
televisão e têm mania de franzir os olhos para enxergar”, descreve
Juliana. “Caso perceba essas atitudes em seu filho, é importante
procurar um oftalmologista”, recomenda.
“É
muito comum, no dia a dia do consultório, descobrirmos erros de
refração — que é como denominamos a miopia — em crianças que tinham
problemas de aprendizagem ou comportamento na escola”, confirma o médico
oftalmologista Geraldo Canto, de Curitiba. “Para evitar isso, ir ao
oftalmologista no início do ano é uma grande oportunidade de começar as
aulas da melhor maneira.”
Além
do uso excessivo das novas tecnologias, o aumento dos casos de miopia
em crianças é relacionado à falta de atividades ao ar livre. “Um
mecanismo de nossa visão, chamado de acomodação, nos permite olhar
objetos distantes e focar com nitidez objetos próximos. Esse foco é
feito com a contração do músculo ciliar, o anel no meio do olho para
visão a distância. O excesso de esforço pode gerar fatores associados ao
aumento da miopia”, esclarece Canto. É o que acontece quando se força a
vista ao digitar e ao assistir a vídeos em celulares e computadores.
Dicas para o dia a dia
Fazer a criança realizar atividades em ambientes externos diariamente, por 40 minutos, no mínimo.
Não aproximar demais dos olhos os celulares, tablets, computadores e livros — eles devem ser mantidos a 30cm da face, no mínimo.
Não se debruçar sobre o objeto de leitura.
Manter a tela do computador a 50cm da face, no mínimo.
Fazer
intervalos frequentes enquanto estiver utilizando esses objetos. A cada
20 minutos, retirar o olhar deles e focalizar objetos distantes, por
cerca de 20 segundos.
Uso de tablets e celulares por crianças de 2 a 5 anos não deve ultrapassar 1 hora por dia.
O que dizem os médicos
As
cirurgias refrativas para correção do grau são indicadas somente depois
dos 18 anos, desde que a graduação já tenha estabilizado.
Para
evitar mais prejuízos à visão, a recomendação é, desde cedo, ensinar as
crianças a fazerem intervalos de cinco minutos a cada hora na frente
das telas.
Reduza o brilho dos
monitores. Ajuste-os procurando deixar a visibilidade agradável para a
vista. Não deixe o fundo muito claro nem muito escuro.
Monitores
de cristal líquido cansam menos a vista do que os antigos, de tubo,
pois já vêm com superfície antirreflexo e melhor definição de imagens.
(Fonte: Luiz Felipe Diniz, médico oftalmologista)
Quanto mais longe, melhor!
Estima-se
que, até 2020, 28% da população brasileira seja míope. Até 2050, o
índice pode chegar a 51%, segundo a oftalmologista Renata Bettarelo.
“Hoje, a taxa no Brasil gira em torno de 11% a 36%, mas a tecnologia tem
contribuído para o aumento da doença”, alerta. O problema pode ser
hereditário ou adquirido.
Lucas e Nicolas (de óculos) não escaparam da herança genética: miopia, como o pai, Márcio
“É uma condição em que ocorre um
alongamento indesejável do diâmetro anteroposterior do globo ocular”,
detalha Renata. “Isso faz com que a imagem do objeto observado se forme
antes da retina e não sobre a mesma, o que gera uma imagem borrada dos
objetos distantes.”
A
miopia é um problema ocular em que se consegue ver perfeitamente os
objetos de perto, mas as coisas mais afastadas podem aparecer
desfocadas, resume o médico Luiz Felipe Diniz. A causa está relacionada a
fatores genéticos e ambientais.
O
pouco tempo em ambiente externo e o excesso de tempo com o olhar fixado
para perto, como a exposição às telas próximas (celulares, tablets,
computadores) e livros, são os fatores ambientais mais associados à
doença, segundo Diniz. Estudo do National Health Service (Serviço de
Saúde Britânico) confirma que passar mais tempo ao ar livre torna as
pessoas menos propensas à miopia. Para especialistas, isso tem a ver com
os níveis de luz.
Para
evitar esse problema, a publicitária Elenice Oliveira, 31 anos, e o
marido, o cineasta Márcio Moraes, 52, resolveram impor regras rígidas
aos filhos. “Durante a semana, os mais novos — Anabela e Victor Hugo —
ficam sem internet, e assistem à TV só depois das 16h, após terminarem o
dever de casa. Como dormem às 19h, o tempo em frente à telinha é curto
também”, explica.
Os
mais velhos, apesar dos cuidados, não escaparam da herança genética:
Lucas, de 12 anos, começou a usar óculos aos 9, e Nicolas, de 10, há
dois anos e meio. Ambos têm miopia, como o pai, que depende dos óculos
desde os 10. “Quando descobrimos que Lucas tinha o problema, ele já
estava com 4 graus nos dois olhos. Já o Nicolas tem apenas 1 grau”,
conta Elenice.
Fora do mundo real
O
malefício das tecnologias, para Elenice, é mesmo o uso excessivo dos
aplicativos — as crianças ficam dispersas, não interagem com o mundo
real, adoecem e ficam mal-humoradas. “Tem o lado bom, mas o ruim
prevalece, na minha opinião. Afeta o apetite, atrapalha o sono,
substitui as brincadeiras e, claro, causa irritação nos olhos e, às
vezes, dor de cabeça.”
Para
prevenir a miopia e evitar que ela avance, o acompanhamento das
crianças deve começar cedo, antes da alfabetização. A primeira consulta,
de acordo com o oftalmologista Geraldo Canto, deve ser feita entre 6
meses e 1 ano de idade, quando já é possível verificar a existência de
um grau mais elevado, diferença de visão entre os olhos, diferença de
grau ou fixação do olhar.
“Desse
período até ela ser capaz de se expressar sozinha, o exame é feito pela
avaliação dos olhos depois de uma dilatação da pupila. A partir do
momento em que a criança já consegue se comunicar e se de mostra
colaborativa, começamos também a usar imagens de desenhos, números ou
letras”, explica o médico.
Geraldo Canto esclarece que nem sempre é preciso usar óculos quando a
criança é muito nova. “As pessoas muito jovens com graus baixos não
costumam ter indicação, a não ser que exista alguma dificuldade visual
ou estrabismo detectado no exame. No geral, recomendamos óculos quando
elas têm miopia acima de 1,5 grau, hipermetropia acima de 3 graus e
astigmatismo acima de 1,5 grau.” Lentes de contato, só mesmo em crianças
maiores, sob supervisão dos pais, e acompanhamento do oftalmologista.
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/revista/2018/02/25/interna_revista_correio,661811/miopia-cresce-entre-as-criancas-expostas-por-mais-tempo-as-telas.shtml acesso em 07/04/2018
Este vídeo mostra células se movendo através de um organismo vivo.
Já sabemos há décadas como as células se movem pelos organismos, mas
agora temos o primeiro vídeo tridimensional em alta resolução desse
processo – e é incrível.
A filmagem abaixo mostra uma célula imune se movendo através do ouvido interno de um pequeno peixe-zebra, em tempo real.
Os
pontos azuis que a célula está engolindo são partículas de dextrano, um
polissacarídeo açucarado encontrado em muitas substâncias, de remédios a
vinhos a placas dentais.
Da próxima vez que você estiver tendo um dia ruim e precisar de uma
inspiração para seguir com sua existência, pode assistir a este vídeo
novamente, lembrando-se de que dentro de você existem células dançantes
trabalhando alegremente apenas para te manter vivo.
Pela primeira vez, cientistas identificaram a existência de uma nova estrutura de DNA nunca antes vista em células vivas.
A
descoberta foi chamado de “nó torcido” no DNA confirma que nossos
complexo código genético é dotado de uma simetria muito mais complexa do
que apenas uma estrutura de hélice dupla que todo mundo associa com o
DNA. Esta variante molecular afeta como nossa biologia funciona.
“Quando a maioria de nós pensa em DNA, pensamos na hélice dupla. Essa
pesquisa nos lembra que estruturas de DNA completamente diferentes
existem, e poderiam ser importantes para as nossas células”, diz o
pesquisador Daniel Christ, do Instituto de Pesquisa Médica Garvan, da
Austrália.
O novo componente do DNA que a equipe identificou é
chamado de motivo intercalado (i-motif), que foi o primeiro descoberto
por pesquisadores na década de 1990, mas até agora só tinha sido
observado in vitro, e não em células vidas.
Agora, graças
à equipe de Christ, sabemos que o i-motif acontece naturalmente em
células humanas, o que significa que a significância da estrutura na
biologia celular exige mais atenção dos pesquisadores.
“O i-Motif é um nó do DNA. Nesta estrutura, as Citosinas (C) de uma fita
do DNA ligam-se a outras Citosinas da mesma fita. Isso é muito
diferente do que acontece na hélice dupla, em que “letras” da fita
oposta se reconhecem e o C liga-se com o G (Guanina)”, diz o pesquisador
Marcel Dinger.
De acordo com Mahdi Zeraati, ator principal do estudo, o i-motif é
apenas uma das estruturas de DNA que não assumem a forma de hélice,
incluindo do DNA-A, DNA-Z, triplo DNA e DNA Cruciforme. Todos esses
tipos podem existir em nossas células.
Outro tipo de estrutura de
DNA chamado de Quadúplex-G (G4) foi visualizado pela primeira vez por
pesquisadores de células humanas em 2013. Para que o G4 fosse revelado
na estrutura, foi necessário utilizar um tipo de anticorpo criado
especificamente para isso.
No novo estudo australiano, Zeraati e
seus colegas usaram a mesma técnica, cirando um fragmento de anticorpo
(chamado iMab) que poderia especificamente reconhecer e ligar-se aos
i-Motifs.
Ao fazer isso, o anticorpo destacava a localização dos i-Motifs na célula com um brilho imunoflorescente.
“O
que mais nos empolgou foi que podemos ver pontos verdes – os i-Motifs –
aparecendo e desaparecendo com o tempo, então sabemos que eles estão
formando-se, dissolvendo-se e formando-se novamente”, explica Zerrati.
Ao que tudo indica, essa estrutura forma-se na parte final do ciclo
celular, especialmente na fase G1, quando o DNA está sendo lido
ativamente.
Os i-Motifs também tendem a aparecer no que é chamado de regiões
promotoras – áreas de DNA que controlam quais genes são ligados ou
desligados.
“Achamos que o surgimento e desaparecimento dos
i-Motifs é uma pista do que eles fazem. Parece que eles estão ali para
ajudar a ligar ou desligar genes”, diz o pesquisador.
Esta pesquisa publicada na revista Nature Chemistry
é um prato cheio para outros pesquisadores explorarem melhor esta
estrutura do DNA. As respostas sobre seu funcionamento também podem
responder a questionamentos relacionados aos outros tipos de DNA, como o
DNA-A, DNA-Z e DNA-Triplo. [Science Alert, Nature Chemistry]
Fonte:
01 - https://hypescience.com/nova-estrutura-e-identificada-em-dna-de-celulas-vivas/ acesso em 24/04/2018
Leopardo se arrepende de matar babuíno por causa de filhote
Por Cesar Grossmann, em 17.07.2012 - https://hypescience.com
Uma cena inusitada foi registrada pela equipe da National Geographic
em 2006, enquanto filmavam o documentário “Eye of the Leopard” (Olho do
leopardo, em tradução livre). Legadema, uma jovem fêmea leopardo, fwz
seu primeiro abate de um dos maiores inimigos dos leopardos, um babuíno
fêmea. Enquanto levava a presa para uma árvore, o inesperado acontece:
um filhote de poucos dias se solta do corpo da fêmea.
Movida pela
curiosidade, Legadema se aproxima do órfão e, em vez de partir seu
pescoço com uma dentada, deita-se ao lado do filhote, num misto de
curiosidade e instinto maternal. Durante parte da noite que se segue, a
jovem leopardo cuida ou tenta cuidar do filhote, que acaba não
resistindo (ainda era muito jovem para sobreviver sem os cuidados da
mãe).
Veja o vídeo abaixo:
A fase de “ama de leite” da jovem leopardo durou apenas uma noite, mas
ficou registrada como um evento curioso: um predador cuidando de um
filhote de sua presa. No outro dia, a natureza seguiu seu curso, e a
fêmea babuíno foi devorada pelo leopardo. Clique aqui para ver o vídeo interativo. Escolha “Unlikely Surrogate”.[National Geographic – Unlikely Surrogate, Facebook.Evolução]
Chimpanzé adota filhote de puma -
A chimpanzé Anjana adotou a filhote de puma Sierra assim que ela chegou ao Institute of Greatly Endangered and Rare Species".
É um instituto situado nos EUA, na Carolina do Sul.
Veja no video abaixo
Fonte:
01 - https://hypescience.com/leopardo-se-arrepende-de-matar-babuino-por-causa-de-filhote/
02 - https://www.youtube.com/watch?v=_6j-Xywkhy4 acesso em 21/04/2018 - Daniel Molinari - Publicado em 4 de nov de 2010 - Video do Youtube
Mesmo sem nenhum inseto responsável, as formigas-correição trabalham
coletivamente para construir pontes usando seus corpos a fim de se
locomover pela selva.
Uma nova pesquisa americana revelou as regras matemáticas simples que levam a esse comportamento grupal complexo.
Um
artigo sobre as descobertas foi publicado na revista Journal of
Theorical Biology, incluindo membros do Instituto de Tecnologia de Nova
Jérsei, Universidade Harvard, Universidade de Scranton e Universidade
James Madison.
O segredo logístico
As formigas-correição
formam colônias com milhões de indivíduos, mas não têm casa permanente.
Elas vivem atravessando a selva todas as noites em busca de novos locais
de alimentação.
Ao longo do caminho, realizam cálculos logísticos para se locomover, incluindo construir pontes com seus próprios corpos.
Os
insetos gerenciam essa coordenação sem nenhum líder e com recursos
cognitivos mínimos – cada formiga é praticamente cega e tem um cérebro
minúsculo incapaz de entender esse elaborado movimento coletivo.
Regra número um
Quando formigas em marcha encontram uma lacuna no seu caminho, elas
diminuem o passo. O resto da colônia vem atropelando os indivíduos
parados.
Neste ponto, conforme explica um dos autores do estudo,
Simon Garnier, diretor do Swarm Lab do Instituto de Tecnologia de Nova
Jérsei, duas regras simples tomam lugar.
A primeira delas diz às
formigas paradas que elas devem permanecer assim, afinal de contas,
outras formigas estão andando pelas suas costas. Se alguém passasse por
cima de você, você também provavelmente não se mexeria.
Este mesmo processo se repete nas outras formigas: quando passam a
primeira e se deparam com o buraco, elas também congelam e são
“pisoteadas” por insetos vindo atrás. Desta forma, as formigas constroem
uma ponte longa o suficiente para abranger qualquer espaço a sua
frente.
Veja nos vídeos Abaixo:
Regra número dois
O comportamento não é tão simples assim, no
entanto. Considere um obstáculo em V na frente das formigas: elas têm a
possibilidade de contorná-lo, mas percorrer todo o caminho pode ser
cansativo demais. Construir uma ponte na parte mais larga da lacuna
minimizaria a distância, só que elas nem sempre fazem isso – podem
percorrer um pedaço do caminho e criar uma ponte menor, por exemplo.
Isso sugere que algum outro fator desempenha um papel nesse cálculo
inconsciente.
As formigas presas na “ponte” não estão disponíveis
para outras tarefas. A qualquer momento em uma marcha, uma colônia pode
manter 40 a 50 pontes, formada com uma a 50 formigas. Isso significa que
até 20% da colônia pode ficar “presa” em pontes a cada vez. Neste
ponto, uma rota mais curta não vale a pena se muitas formigas são
necessárias para criar uma ponte mais longa.
ó que as formigas não têm ideia de quantas das suas companheiras de
colônia estão livres. E é aí que a segunda regra entra. À medida que as
formigas individuais formam pontes, elas criam uma “sensibilidade” por
serem pisoteadas. Quando o tráfego sobre suas costas diminui – talvez
porque muitas outras formigas estão ocupadas construindo outras pontes
-, a formiga descongela e retorna à marcha.
Comportamento evoluído que ainda não conseguimos emular
Com
base nas observações dessas formigas na selva panamenha em 2014, os
pesquisadores criaram um modelo que quantifica a sensibilidade dos
insetos ao trânsito em cima deles, e prevê quando uma colônia vai
superar um obstáculo e decidir, em certo sentido, que é melhor dar a
volta em vez de criar uma ponte.
A evolução aparentemente equipou esses animais com os “algoritmos” certos para agir coletivamente da melhor forma possível.
Muitos
pesquisadores trabalhando no desenvolvimento de robôs têm dificuldade
em criar tais algoritmos que permitirão que suas máquinas realizem
feitos semelhantes. Esse estudo pode ajudá-los; de qualquer forma, a
natureza parece estar muito à frente da tecnologia nesse quesito,
cumprindo tarefas de forma mais confiável e a um menor custo.
Por fim, é muito possível que existam mais comportamentos inexplorados
envolvidos nesse processo do que essas duas regras simples. “Nós
descrevemos as formigas como simples, mas nem entendemos direito o que
elas estão fazendo. Sim, elas são simples, mas talvez não sejam tão
simples quanto pensamos”, opinou Melvin Gauci, pesquisador da
Universidade Harvard, que estuda robotização coletiva.
Formigas explosivas recém-descobertas detonam a si mesmas para envenenar o inimigo - Por Natasha Romanzoti - https://hypescience.com
Cientistas descobriram uma nova espécie de formiga que luta contra
seus inimigos detonando-se e cobrindo a vítima em uma substância tóxica.
A descoberta foi publicada na revista científica Zookeys.
O inseto vive na selva de Bornéu e foi nomeado Colobopsis explodens.(foto: Alexey Kopchinskiy/Pensoft Publishers).
Formigas explosivas são uma raridade. A Colobopsis explodens é a
primeira espécie com essa habilidade a ser encontrada desde 1935.
Por
mais impressionante e eficaz que seja a detonação, ela é, em última
instância, uma defesa suicida, pois também explode o corpo inteiro da
formiga.
A formiga pequena e avermelhada foi descoberta vivendo
nas copas das árvores de Bornéu por uma equipe que incluía Alice Laciny,
entomologista do Museu de História Natural de Viena, na Áustria.
Ela descreveu como as formigas se detonam para salvar outros membros da
colônia: quando confrontada com um inimigo que não recua, a formiga se
prende a ele mordendo-o, vira suas costas diretamente para o atacante e
flexiona seu abdômen com tanta força que rasga seu próprio corpo,
liberando uma gosma amarela fatal armazenada no interior.
Pelo bem da colônia
Nem todas as formigas desta espécie podem
explodir. Apenas as formigas trabalhadoras menores, todas fêmeas
estéreis, sacrificam suas vidas detonando-se para proteger os membros
maiores da colônia. Elas são particularmente propensas ao
autossacrifício como defesa, e explodem até quando pesquisadores
intrusos se aproximam.
Essa
tendência suicida, semelhante à de uma abelha soltando seu ferrão
quando ameaçada, é um comportamento comum em super-organismos, ou seja,
organismos que trabalham coletivamente.
Em colônias de abelhas e formigas, por exemplo, as necessidades do grupo
são mais importantes do que a do indivíduo. Logo, alguns membros se
sacrificam quando necessário.
Fonte: 01
-
https://hypescience.com/estas-formigas-explodem-para-cobrir-seus-inimigos-em-veneno/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29
Por Natasha Romanzoti. acesso em 20.04.2018
02
-
https://www.washingtonpost.com/news/morning-mix/wp/2018/04/20/meet-the-exploding-ant-which-sacrifices-itself-for-its-colony/?noredirect=on&utm_term=.4f2f6cc6fb63
acesso em em 20.04.2018
Veja as 12 bactérias que mais afetam a vida humana de acordo com a OMS. A lista de microorganismos contra os quais há cada vez
menos remédios eficazes convoca governos, cientistas e indústrias a
agir com urgência para criar novas opções...um alerta para todo nós. Em baixo a bactéria
ao lado Campylobacter
spp é uma das
que requerem
novos remédios.
Pela segunda vez em apenas cinco meses, a Organização Mundial de
Saúde (OMS) veio a público para chamar a atenção do mundo a respeito da
ameaça causada pelas bactérias super resistentes à ação dos
antibióticos. Na semana passada, a entidade divulgou uma lista com doze
famílias de microorganismos considerados de alto risco e contra os quais
as opções terapêuticas estão se esgotando. No documento dirigido aos
governos, cientistas e indústrias, a organização enfatiza a necessidade
de criação urgente de novos recursos para combater essas bactérias antes
que seja tarde demais. Em setembro do ano passado, a OMS levou o tema à
reunião dos líderes mundiais na Assembleia Geral da ONU, realizada nos
Estados Unidos. Na ocasião, fez igualmente um chamamento para a
realização de ações globais.
PENICILINA SEM EFEITO
A lista divide as bactérias em categorias de acordo com a urgência na
necessidade de desenvolvimento de novos antibióticos. Na primeira, as
mais críticas, estão incluídas as que representam especial perigo a
pacientes que necessitam de recursos como ventilação mecânica ou
cateteres. Entre elas, há várias da família das enterobacterias, como a
Klebsiella e a Serratia. Esses agentes não são mais destruídos por um
grande número de antimicrobianos, incluindo a terceira geração de
cefalosporinas, a melhor opção disponível para tratar bactérias
resistentes.
Nas duas classificações seguintes encontram-se bactérias responsáveis
por doenças como intoxicação alimentar (Salmonella) e a gonorreia,
provocada pela Neisseria gonorrhoeae. Há 76 anos, uma dose apenas de
penicilina – o primeiro antibiótico do mundo – curava 100% dos casos de
gonorreia. Hoje ela não funciona mais e poucos são os remédios efetivos
para a enfermidade.
Projeções realizadas por cientistas ingleses estimam que, se nada for
feito, dez milhões de pessoas morrerão a cada ano no mundo a partir de
2050 vítimas de infecções intratáveis. Os gastos no atendimento e as
perdas nas forças produtivas somarão em torno de US$ 100 trilhões,
provocando uma redução de cerca de 3% no total da riqueza global.
Por isso a importância do alerta. Ainda é possível reverter essa
trajetória se ações concretas forem adotadas em várias frentes. Uma
delas é aumentar o investimento na criação de antibióticos – pauta do
aviso dado pela entidade. Outra é fortalecer os programas de educação
voltados aos profissionais de saúde e à população em geral. “É preciso
aumentar a conscientização de todos para o uso correto dos
antibióticos”, disse à ISTOÉ a brasileira Carmem Pessoa da Silva,
coordenadora do Programa de Vigilância Global de Resistência aos
Antimicrobianos da OMS.
Se nada for feito, em 2050 dez milhões de pessoas poderão morrer no mundo vítimas de infecções intratáveis
Tanto para médicos quanto para pacientes, a advertência deve ser
feita no sentido de evitar o uso desnecessário ou incorreto dos
medicamentos. É comum que médicos receitem antibiótico a quem não
precisa. “É necessário fazer o uso racional desses remédios”, afirma o
infectologista Ícaro Boszczowski, coordenador do Serviço de Controle de
Infecção Hospitalar do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Um
erro básico é o de receitar essas drogas a quem tem gripe, causada por
vírus. Antibiótico é contra bactéria. “Os hospitais devem estabelecer
políticas bem definidas de utilização”, diz Ícaro.
Do lado dos pacientes, é preciso saber que a droga precisa ser tomada
como manda o médico. Interromper o tratamento no meio porque os
sintomas sumiram só fará crescer as bactérias que até aquela altura
sobreviveram à ação do remédio. Ou seja, as resistentes.
Melhorias de infra-estrutura que envolvam saneamento básico e
ambientes hospitalares que propiciem a prevenção também são necessárias.
Por mais absurdo que pareça, hoje a adesão à prática da lavagem das
mãos não atinge 100% dos profissionais de saúde. Outro foco a ser
considerado é a batalha pelo uso adequado na agropecuária. Antibióticos
são utilizados na fabricação de rações, o que impulsiona a outra ponta
no motor de produção de bactérias resistentes. “Essas ações são
importantes para proteger também as gerações futuras”, diz a
infectologista Carmem.
Obs: coloquei na integra esta reportagem
devido a importância do fato das bactérias atualmente merecerem
destaque em relação à sua influência em nossa saúde e também pelo
impacto econômico futuro que merece destaque nesta reportagem.
Fonte: http://istoe.com.br/as-doze-bacterias-mais-ameacadoras/ em 05/03/2017
Cientistas franceses pretendem reanimar um vírus gigante de 30.000 anos, desenterrado do solo gelado da Sibéria. Isso pode soar um tanto apolítico, mas não se preocupe: a humanidade está a salvo, pelo menos por enquanto.
Jean-Michel Claverie e seus colegas anunciaram a descoberta do Mollivirus sibericum recentemente na PNAS, a revista da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
Este é o quarto tipo de vírus pré-histórico descoberto desde 2003, e o segundo encontrado por esta equipe.
Antes de acordá-lo, os pesquisadores terão que verificar se ele não pode causar doenças a animais ou humanos.
A mudança climática está aquecendo as regiões árticas e subárticas mais que o dobro da média global, o que significa que o permafrost (a camada de gelo permanente dessas aéreas) não é mais tão permanente assim.
Foi no permafrost do nordeste da Rússia que os cientistas se depararam com o vírus. Eles advertem que o gelo pode esconder outros segredos que não serão tão inofensivos assim para nós.
“Algumas partículas virais que ainda estão infecciosas podem ser suficientes, na presença de um hospedeiro vulnerável, para reviver vírus potencialmente patogênicos”, explicou Jean-Michel Claverie em entrevista à AFP.
As regiões nas quais o micróbio foi visto são cobiçadas pelos seus recursos minerais, especialmente o petróleo, e estarão cada vez mais acessíveis para exploração industrial conforme derretem.
“Se não tivermos cuidado, e industrializamos estas áreas sem colocar salvaguardas, corremos o risco de um dia acordar vírus tais como varíola que pensávamos estar erradicados”, acrescentou Claverie.
Segurança
Em condições de laboratório seguras, Claverie tentará reviver o vírus gigante recém-descoberto, colocando-o em uma ameba unicelular, que servirá como hospedeira.
Em 2013, a equipe francesa descobriu outro vírus grande no mesmo local, que eles chamaram de Pithovirus sibericum. Os cientistas conseguiram reanimá-lo com sucesso em uma placa de Petri.
Em 2004, cientistas americanos ressuscitaram o notório vírus da “gripe espanhola”, que matou dezenas de milhões de pessoas, a fim de entender como o patógeno foi tão extraordinariamente virulento, reconstruindo os códigos de seus oito genes.
O trabalho foi feito em um laboratório de segurança máxima nos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.
Gigantes e complexos
Para se qualificar como “gigante”, um vírus tem de ser maior do que a metade de um mícron, que é um milésimo de milímetro. O Mollivirus sibericum tem 0.6 mícrones.
Diferentemente da maioria dos vírus que circulam hoje, e para espanto geral dos cientistas, estes espécimes antigos que datam da última Idade do Gelo não são apenas maiores, mas também muito mais complexos geneticamente.
O M. sibericum tem mais do que 500 genes, enquanto uma outra família de vírus gigante descoberta em 2003, os pandoravírus, tem 2.500. O vírus da gripe Influenza A, por outro lado, tem apenas oito. [Phys]
Fonte:
http://hypescience.com/virus-gigante-de-30-000-anos-descongelado-na-siberia-vai-ser-revivido/ acesso em 10/09/2015
Biólogo.Licenciado em Biologia e Ciências pela UFJF.Pós-graduado em Métodos e Técnicas de Ensino pela Universidade Salgado de Oliveira - Universo/Campus Goiânia.
Pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM. Professor da Rede Pública Municipal e Estadual na cidade de Goiânia/Goiás/Brasil.
Contato:
neiluciooliveira@gmail.com neivaldolucio15@yahoo.com.br
neivaldo.oliveira@gmail.com
neilucio@educarchile.cl